segunda-feira, julho 18, 2005

Conjugação de dOis munDos

É estranho! Quantas vezes o nosso pensamento não é percorrido por leves brisas que contém, pendurados por molas, pensamentos que julgamos absurdos mas que de certo modo nos preenchem!? Julgo haver uma conjugação de DOIS MUNDOS! Um exterior, no qual estamos inseridos e um outro, um mundo nosso, protegido por uma barreira invisível, que nos envolve como uma bola de sabão e que nos protege.
Existem situações em que essa bolha quase rebenta, que estremece, muda de cor… fica distorcida mas, apesar desta tremenda inconsistência, ela não rebenta.
Aqui somos apenas um fluido que a percorre de forma totalmente livre. Aqui não dormimos! Aqui ocorrem metamorfoses. É aqui que surgem os pensamentos mais estranhos e que, por qualquer motivo, me fascinam. Completamente à parte de todos os outros. Aqui somos nós em pleno. Aqui não somos incomodados. Aqui guardamos os nossos segredos.
Estes dois mundos são distintos e compatíveis!
Funcionam por osmose.
Fazem-nos crescer.
São estranhos.
Um chama-se vida.
Ao outro chamam-lhe inconsciente…

sexta-feira, julho 08, 2005

Al Berto

" Sei que darei ao meu corpo os prazeres que ele me exigir.
Vou usa-lo , desgastá-lo até ao limite do suportável, para que a morte nada encontre de mim quando vier!"

O Lado B

Sou observador.
Olho para as pessoas que passam diante da janela. Observo-as calmamente e procuro encontrar o fio condutor para os seus pensamentos.
Umas estão a rir, outras andam calmamente como se tivessem perdido a noção do tempo. Algumas param, olham para os cartazes, olham para o lado, atravessam a rua.
Existem ainda aquelas que percorrem o percurso e não notam que o estão a percorrer.
Tudo isto na mesma rua, tudo isto em instantes diferentes, mas tudo isto na mesma rua. Mesma rua.
Existem aqueles que se beijam, os que choram, os que procuram, os que descobrem...tudo na mesma rua.
A rua que foi pisada por tanta gente que se desconhece. Todos no mesmo espaço em instantes diferentes.

Penso:”Será que estas pessoas estarão a sentir-se observadas?”
Penso:”Talvez não.”

Paro. Reflicto por dois segundos.
Olho para o dossier e continuo o meu estudo...